A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, no SUS, conta com 29 práticas que contribuem com inúmeros tratamentos de saúde para pacientes que precisam de medidas paliativas
Por: Chris Estrela – 29/03/2022 às 15h12
O ritmo acelerado da vida moderna exige cada vez mais do ser humano. Portanto, é notável o aumento dos casos de depressão, estresse e ansiedade na população. Isso, geralmente, ocorre devido às preocupações, questões familiares, financeiras e cobranças do dia-a-dia. Diante disso, as pessoas procuram um atendimento que vá além das práticas medicinais convencionais. Os tratamentos alternativos, em busca de alívio, são uma das possibilidades. É o caso das terapias holísticas.
Essa opção consistem na utilização de diversas técnicas, algumas praticadas há centenas de anos, que ajudam na recuperação de pessoas que estejam passando por determinado problema físico, emocional ou mental. Esse tipo de terapia, além de fazer uma abordagem que trata o problema como um todo, é usada como complemento, contribuindo com tratamentos convencionais, e potencializando os seus resultados.
Entendimento
Desde 2019, Débora Araújo é formada em terapia holística com especialização em terapias integrativas. Com mais de 18 cursos realizados, a reikiana fala com propriedade da necessidade da terapia como forma de entendimento e descoberta a certas situações.
“A ansiedade faz parte da nossa vida desde que estamos na barriga da nossa mãe. A gente já começa a ser ansioso ali e nem sabe o que é isso. A ansiedade está com a gente o tempo todo. (…) Tudo que nossa mãe vivenciou na gravidez passou para gente. Às vezes as pessoas têm medo do escuro e não sabem o porquê. Às pessoas se sentem para baixo porque a mãe não foi feliz na gravidez. Tudo tem relação com a gestação da mãe. Então, a terapia holística veio para dar clareza sobre isso”, conta Débora.
Distúrbios
Segundo Débora, alguns distúrbios que a terapia holística pode ajudar a tratar são:
- depressão;
- ansiedade;
- síndrome do pânico;
- síndrome de burnout (excesso de trabalho);
- estresse;
- insônia;
- dependência química e alcoolismo;
- transtorno bipolar;
- distúrbios alimentares;
- falta de clareza mental;
- dores etc.
Os tratamentos
Muitas doenças com origens psicossomáticas para serem tratadas é preciso ir à raiz do problema. É aí que a terapia holística se diferencia dos demais tratamentos. Nesses procedimentos são associados tanto remédios alopáticos e tratamentos tradicionais como cirurgias e fármacos, quanto outras possibilidades, como: reike, massagens, florais, fitoterapia, aromaterapia, homeopatia, yoga, acupuntura, meditação e muitas outras formas.
“O terapeuta, na primeira sessão, conversa com o paciente e faz uma anamnese. Dessa forma, ao conhecer um pouco a história dele, define a linha de trabalho. A partir daí, a quantidade de sessões e as técnicas que serão utilizadas são estabelecidas pelo profissional de acordo com a necessidade e evolução do paciente”, disse Débora.
Benefícios
Para Débora, as vantagens do tratamento são inúmeras.
“Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode fazer. Além disso, após as sessões, é possível sentir alguns benefícios como relaxamento, bem-estar, paz interior, auto estima, alegria, segurança, disposição, alívio de dores, desaparecimento de sintomas e autoconhecimento. No entanto, é necessário ressaltar que a terapeuta holística não substitui um tratamento com psicólogos ou psiquiatras, ele apenas irá complementar o tratamento”, fala.
Respaldo Científico
Alguns estudos e estratégias de saúde tidas como alternativas foram evoluindo até ganhar respaldo científico e espaço nos serviços de saúde. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS já incorporou 29 práticas. Atualmente, essas práticas já são reconhecidas pelo Ministério de Saúde e incorporadas aos tratamento de diversas condições clínicas.
“A saúde passou a ser vista como uma totalidade. Após o SUS incorporar as práticas nos tratamentos, as pessoas terão ainda mais oportunidade de vivenciar e desfrutar de seus benefícios”, afirma Débora.